quarta-feira, 28 de outubro de 2009
EMBURRECE - Grupo NOVATAS
José Saramago, em entrevista ao jornal O GLOBO, falou sobre a sua relação com a internet e foi questionado sobre a sua nova moda, o twitter, que tem um limite de 140 caracteres por postagem. Ele que embora tenha um blog, atualizado constantemente, cujos textos foram reunidos no livro "O caderno", resumiu o twitter assim: “Nem sequer é para mim uma tentação de neófito. Os tais 140 caracteres reflectem algo que já conhecíamos: a tendência para o monossílabo como forma de comunicação. De degrau em degrau, vamos descendo até o grunhido.” A questão do twitter é polêmica, em uma reportagem do jornal O GLOBO uma pesquisadora da Universidade de Stirling, na Escócia, doutora Tracy Alloway, que estuda a "memória ativa", função cerebral que dá às pessoas a capacidade de reter e utilizar informações, embora não tenha dados conclusivos ela tem uma hipótese contrária ao uso desta ferramenta: “O problema do Twitter - e de quaisquer outras ferramentas "instantâneas", como o YouTube e mensagens de texto (SMS) - é que ele é tão sucinto que "sua atenção é reduzida e seu cérebro não precisa se dedicar e não aprimora conexões entre os neurônios. No Twitter você recebe uma corrente permanente de informação, mas é tudo muito sucinto. Você não precisa processar essa informação - disse Alloway, admitindo que não há estudos que comprovem sua afirmação, que por enquanto é apenas uma "hipótese". Segundo o Times Online, ela pretende iniciar um projeto de pesquisa sobre o caso em janeiro.”
É notório como a internet modificou a linguagem e a forma de nos relacionarmos. Ao digitar os tais 140 caracteres o jovem não tem preocupação com regra gramatical nenhuma e no momento em que ele precisar, ou seja, em um momento formal como uma prova, entrevista, concurso, ele vai apresentar dificuldades por ter se condicionado a falsa sintese do twitter.
PAULO HENRIQUE PRATA
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2 comentários:
Com certeza pode haver uma falsa síntese no Twitter, mas é função do educador mediar essa síntese para um novo, ou talvez não tão novo, paradigma.
Olá, Paulo!
Muito interessante a sua argumentação.
Abs, prof. Fabio
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